PROPOSTA BRASILEIRA QUE PUNE PARAÍSOS FISCAIS É APROVADA PELO G-20

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O G-20 – grupo das vinte maiores economias do planeta – aprovou na última semana, em Londres, a punição de paraísos fiscais e a maior regulamentação do sistema financeiro mundial. As duas medidas foram defendidas pelo governo brasileiro, como forma de evitar o risco de novas crises econômicas internacionais.
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificou como um êxito o combate aos paraísos fiscais. “Todo mundo se convenceu de que é preciso que haja uma regulação do sistema financeiro mundial para que ele esteja mais voltado ao setor produtivo e menos ao setor especulativo. Todo mundo também se colocou de acordo de que não é possível a coexistência de um mundo moral e ético, um mundo desenvolvimentista, um mundo produtivo com os paraísos fiscais que, no fundo, são por onde se lava o dinheiro do narcotráfico, do crime organizado”, afirmou.
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Cadastro sujo dos paraísos fiscais
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Após o encontro do G-20, a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgou uma espécie de “cadastro sujo”, que reúne os nomes de países que não cooperam com o combate aos crimes financeiros. Entre eles, Costa Rica, Malásia, Filipinas e Uruguai. Uma segunda lista traz os nomes de 38 países que se comprometeram a respeitar as regras da OCDE, mas ainda não o fizeram “substancialmente”. Nesse grupo, estão Chile, Guatemala, Mônaco, Liechtenstein, Suíça, Luxemburgo e Bélgica.
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De acordo o G-20, paraísos fiscais como Suíça, Bermudas e Luxemburgo serão obrigados a informar suas movimentações financeiras. O documento final do encontro diz que “a era do segredo bancário acabou”.
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Para o presidente Lula "a restrição aos paraísos fiscais é uma ferramenta importante para a investigação de crimes financeiros. A maior regulamentação do sistema financeiro é um golpe no sistema bancário sem regras. Quem defendia que o próprio mercado deveria se auto-regular hoje está aí correndo atrás dos governos. É a falência de todo um discurso que, durante um longo período, levou a essa situação de crise que o mundo vive hoje”, disse.
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